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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Walter Taverna e o aniversário do Bixiga: Sua história, seus personagens, sua tradição... em 1 de outubro de 2011.

O Bíxiga é entendido como um dos mais tradicionais bairros da cidade de São Paulo, embora na divisão administrativa da cidade ele não exista oficialmente como tal. É de senso comum que corresponda à região localizada entre as ruas Rui Barbosa, Avenida Nove de Julho e a Rua dos Franceses, no distrito da Bela Vista, embora sua delimitação possa ser motivo de polêmica dependendo da fonte.


Formado por imigrantes italianos, ganhou importância histórica e turística na capital paulista. A tradição e a religiosidade italianas, que são fortemente mantidas e as inúmeras cantinas existentes no bairro são grandes atrativos turísticos. No bairro situa-se a sede da escola de samba Vai-Vai, que até 2006 realizava ensaios pelas ruas do bairro.

A origem do Nome “Bexiga”

O primeiro registro de ocupação da área é de 1559, como Sítio do Capão, de propriedade do português Antônio Pinto, e mais tarde passou a chamar-se Chácara das Jabuticabeiras, por causa do alto número de árvores dessa espécie. Nos anos 1820, um homem conhecido como Antonio Bexiga, por causa de suas cicatrizes de varíola (popularmente conhecida como “bexiga”), comprou as terras, o que é a explicação para o nome do bairro.

Por volta de 1870, Antônio José Leite Braga decidiu lotear parte de sua “Chácara do Bexiga”. O loteamento já estava anunciado em 23 de junho de 1878 e foi inaugurado em 1 de outubro do mesmo ano, com a presença do imperador Pedro II, lançando a pedra fundamental de um hospital que, no entanto, jamais foi construído. Lotes pequenos e baratos interessaram aos imigrantes italianos, pobres e recém-chegados ao Brasil, a maior parte deles vindos da Calábria, que não se interessavam por dirigir-se aos cafezais do interior do Estado.

Com o intuito de afastar o sentido pejorativo do apelido dado ao bairro, seus moradores passaram a mudar a grafia de Bexiga para Bíxiga. Outra explicação para a grafia seria uma adaptação ao jeito coloquial de se falar.

Uma das construções mais extravagantes da cidade, a Vila Itororó, na Rua Martiniano de Carvalho, é um símbolo do Bíxiga imigrante. Construída pelo tecelão português Francisco de Castro em 1922, ficou conhecida, já na época, como Casa Surrealista. Seu proprietário, além de trabalhar com tecidos tinha conhecimentos nas áreas de engenharia e arquitetura, e os utilizou de forma inédita na construção do exótico casarão de quatro andares e 37 casas ao redor, ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, constituíram a primeira vila de São Paulo.

Alguns de seus ornamentos construtivos vieram do teatro São José, e a Vila Itororó foi a primeira residência particular da cidade a ter uma piscina, aproveitando a nascente do riacho do Vale do Itororó que dá nome ao local. Mais tarde, a Vila Itororó foi leiloada para cobrir dívidas do tecelão e acabou arrematada pela Santa Casa de Indaiatuba, que alugou para outras pessoas. Apesar de tombado pelo conselho municipal de patrimônio histórico, a Vila Itororó é hoje mais um dos vários cortiços deteriorados do Bíxiga.

Há ainda outras construções marcantes na região, como a Escadaria do Bíxiga, que une a parte baixa do bairro à alta, na Rua dos Ingleses; a Casa da Dona Yayá, uma das primeiras chácaras do Bíxiga; e os Arcos da Rua Jandaia, sobre a Avenida 23 de Maio. Fonte: Wilkpédia e Jornal A Massa

Adoniram Barbosa

Apesar de não ter nascido no bairro do Bíxiga, o compositor Adoniran Barbosa (1910-1982), se transformou num símbolo do local, devido às suas canções que eternizaram o Bíxiga.

Banda do Candinho & Mulatas

Outra expressão cultural do Bíxiga, a Banda do Candinho & Mulatas completou 30 anos no último dia 13 de setembro. A Banda foi criada pelo jornalista Candinho Neto, cujo objetivo é divulgar a fase pré-carnavalesca da cidade da cidade de São Paulo.

Chiquinho Pereira destaca importância do Bixiga e da Bela Vista

O presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, Chiquinho Pereira, considera a região do Bixiga e da Bela Vista como bairro da categoria dos trabalhadores e trabalhadoras em Panificação e Confeitaria de São Paulo.

“Este nosso bairro foi escolhido há alguns anos para a construção da sede própria do Sindicato. Não foi por acaso afinal de contas, tanto o Bixiga quanto a Bela Vista reúnem um grande número de padarias e outros estabelecimentos na área de alimentação, como cantinas e restaurantes.

A tradição deste lugar, que completa 133 anos, está associada à história de luta de nosso Sindicato que completou 80 anos, e dos trabalhadores da cidade de São Paulo”, concluiu Chiquinho Pereira.

Em comemoração aos 133 anos de aniversário do bairro do Bixiga, o Sindicato dos Padeiros de São Paulo realizará em sua sede, no próximo dia 1º de outubro, mais uma AÇÃO CIDADANIA. Um conjunto de serviços gratuitos que será oferecido à população da região, com orientações sobre saúde, direitos e deveres. No mesmo dia, ao final da AÇÃO CIDADANIA, haverá apresentação de shows musicais: Banda do Candinho & Mulatas, Banda Tonyan do Forró, e outros artistas.

Foto: MAIO - Sindicato dos trabalhadores nas indústrias de panificação e confeitaria de São Paulo.

Sede do Sindicato dos Padeiros de São Paulo

Dia 1º de outubro de 2011 - sábado

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Paulo -

Diretor responsável: Francisco Pereira de Souza Filho

Entidade representativa dos padeiros, confeiteiros, balconistas, gerentes, caixas, ajudantes, faxineiros e demais empregados nas indústrias de panificação e confeitaria.

Aniversário do Bixiga - 133 anos
Ação de Cidadania no Sindicato dos Padeiros
Foto: Paulo Rogério "Neguita"


fonte: Centro de Memória do Bixiga - acervo @edisonmariotti
registro: CMB.H.000.424




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