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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Walter Taverna é o Presidente da República de Vila Mariana. Em 2004, bandeiras nacional, paulista e de Vila Mariana hasteadas na rua Vergueiro, esquina com a rua Carlos Petit,

Outubro: luta pela preservação da memória.



Em julho, as bandeiras nacional, paulista e de Vila Mariana haviam sido hasteadas na rua Vergueiro, esquina com a rua Carlos Petit, em homenagem ao terceiro ano de existência da associação República de Vila Mariana.

Em pouco tempo, as bandeiras e os mastros foram roubados.

Com mastros de ferro mais pesados, a associação voltou, em outubro, a hastear as bandeiras no local. Entretanto, foram necessários apenas dois dias para que as bandeiras desaparecessem novamente.

Segundo o presidente da República de Vila Mariana, Walter Taverna, a bandeira do Brasil foi novamente roubada e, por isso, as outras duas foram retiradas para que não tivessem o mesmo destino.

Na ocasião, Taverna acenou com a possibilidade de, por meio de um diálogo com a Polícia Militar, organizar um esquema que garantisse que o hastear, possa ser feito, com segurança, pelo menos aos fins de semana.

Preservação da Vila Mariana - Em outubro, moradores da Vila Mariana ficaram indignados com a alteração de um decreto, feita pelo Governador Geraldo Alckmin.

Em síntese, a modificação fazia valer oficialmente a regra para tombamento de bens históricos que já havia sido utilizada no processo do Instituto Biológico, localizado no bairro, um ano antes.

A comunidade acredita que o decreto do governador abriu brechas para que o entorno dos bens tombados fique desprotegido. Antes, ficava "automaticamente" determinado que era vedado qualquer uso e ocupação de solo que prejudicasse o bem.

A partir do novo decreto, definem-se apenas na resolução do tombamento as regras para o uso do entorno de cada patrimônio tombado.

Os moradores de Vila Mariana já estavam irritados com a determinação do Condephaat que não oferece qualquer proteção à área ao redor do Instituto Biológico.

A comunidade protestou e bradou pela qualidade de vida no bairro. O presidente do órgão, José Roberto Melhem, argumentou que o tomba mento tem por finalidade preservar apenas o bem histórico, e não o bairro. A manutenção das características de um bairro, segundo Melhem, depende de leis municipais.

Racionamento - Às beiras de ter que enfrentar um racionamento de água, a cidade torcia pela chegada de chuvas. O reservatório Cantareira, que abastece inclusive parte do Jabaquara, chegou a ter menos de 10% de sua capacidade. Já no Guarapiranga, a situação é considerada mais confortável. Entretanto, a Sabesp já adiantava que não havia expectativa de um racionamento até o fim do ano.

Foto:

Lideranças comunitárias e autoridades durante o hastear da bandeira da Vila Mariana: dois dias depois, uma delas já havia sido roubada.


fonte: Centro de memória do Bixiga - acervo: @edisonmariotti

fonte: Jornal São Paulo- Zona Sul
ano: 2004
registro: CMB.H.000.612

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