Pelas ruas do Bixiga.,,,
Nomes de ruas são mistérios para a maioria das pessoas que nelas moram, ou que por elas vivem passando.
de Mário de Andrade, este belo poema,
incluído em Lira Paulistana.
Na rua Aurora eu nasci
Na aurora da minha vida
E numa aurora eu cresci.
No largo do Paiçandu
Sonhei, foi luta renhida,
Fiquei pobre e me vi nu.
Nesta rua Lopes Chaves
Envelheço, e envergonhado
Nem sei quem foi Lopes Chaves
Mamãe! me dá essa lua,
Ser esquecido e ignorado
Como esses nomes de rua.
Fonte: - Bixiga. Pingos nos is. --- livro da biblioteca do CMB
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sobre Lira Paulistana
Lira Paulistana (1945), conjunto de poemas de Mário de Andrade (1893-1945) publicado no ano de sua morte, é considerado síntese da trajetória poética do autor. As 29 composições, de caráter político, apresentam um sujeito que reflete a respeito de si e do mundo, com base em imagens fornecidas pela vida na capital paulista, como revelam os versos: “A catedral de São Paulo / Por Deus! que nunca se acaba / – Como minha alma”.
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Nota, referente a Rua Lopes Chaves.
Na última quarta-feira, 19/3, a Casa Mário de Andrade realizou o Ciclo de Debate Paixão por São Paulo, em parceria com o HeySP. O patrimônio histórico material e, principalmente, imaterial do Bixiga foram discutidos no encontro que, curiosamente, aconteceu na primeira sede do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) de São Paulo, situado à rua Lopes Chaves, 546, na Barra Funda.
sobre Lira Paulistana
Lira Paulistana (1945), conjunto de poemas de Mário de Andrade (1893-1945) publicado no ano de sua morte, é considerado síntese da trajetória poética do autor. As 29 composições, de caráter político, apresentam um sujeito que reflete a respeito de si e do mundo, com base em imagens fornecidas pela vida na capital paulista, como revelam os versos: “A catedral de São Paulo / Por Deus! que nunca se acaba / – Como minha alma”.
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