Ouça o texto

domingo, 28 de fevereiro de 2016

FESTA DO SANFONEIRO --- COMUNICAÇÃO E COMUNIDADE 2016 - SODEPRO ( Sociedade em Defesa e Progresso da Bela Vista )

Luiz Gonzaga: Sanfoneiro pernambucano levou baião ao Brasil.






"Ô Luiz, vem cá vê se essa sanfona tá afinada".
Obediente, o menino atendia ao pai, sanfoneiro e reparador de instrumentos. Januário confiava na audição e na sensibilidade do menino que, ainda com nove anos, já pegava duro no batente, ajudando na roça. Mas ele também tocava sanfona sempre que podia, além de ajudar o velho a conferir as afinações dos instrumentos que acabava de consertar.

Foi tocando sua sanfona que, anos depois, após fugir de casa e passar pelo exército, o pernambucano Luiz Gonzaga, já morando no Rio de Janeiro, mudou a música popular feita no Brasil e influenciou gerações, em especial, a partir das décadas de 40 e 50.

Compositor e instrumentista

Luiz Gonzaga começou trabalhando como artista mambembe, passando o chapéu para arrecadar uns trocados. Pouco tempo depois, já havia se transformado numa das principais atrações da mídia mais importante da época, o rádio. Luiz Gonzaga foi, além de brilhante compositor, um hábil instrumentista, dotado de raro senso rítmico.

Apesar de ser o "rei do baião", Gonzaga não o inventou. Ele e seu principal parceiro, o cearense Humberto Teixeira, sistematizaram e popularizaram o ritmo de raiz nordestina, acertando em cheio na demanda nostálgica de uma massa de migrantes que havia fugido da aridez do sertão e escolhido viver em grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, que então passavam por forte urbanização.

Cordel ritmado
Baião é sinônimo de "baiano", dança brasileira em geral não cantada. Mário de Andrade, em seu Dicionário Musical Brasileiro, alude a um folheto de cordel do longínquo 1910: "Oh! Meu Deus quantas saudades/ Eu sinto no coração/ Dos sambas mais sorridentes/ Nas noites de S. João/ Dançam matutas faceiras/ Sorrindo ao som do baião".

Nos anos 40, as ondas do rádio estavam repletas de sambas-canções e boleros com temática urbana, que quase sempre tratavam de histórias de amor. Quando Luiz Gonzaga chegou ao Rio, percebeu que o toque de sua sanfona, com seu ritmo marcado, era perfeito para animar festas e bailes. Mas, para o rádio, não serviam aqueles improvisos intermináveis de rodas de festas nordestinas. O que fazer? Trazer a batida, o estilo e a temática do baião para o formato da canção. Foi o que ele e Humberto Teixeira fizeram.

O Nordeste no rádio

O ritmo envolvente do estilo "forró pé-de-serra", com a simples e insuperável formação sanfona-zabumba-triângulo, convidava à dança, mesmo fora do período do carnaval. O sucesso desse tipo de música foi enorme, e começaram a surgir obras-primas como "Baião" (1946) , "Asa Branca" (1947) , "Qui nem jiló" e "Paraíba" , ambas em 1950. Nesse mesmo ano, começou sua parceria com Zé Dantas, com "A Volta da Asa Branca" , "Cintura Fina" e "Vozes da Seca" . O Nordeste chegava ao rádio para ficar.

Luiz Gonzaga e seu parceiro Humberto Teixeira desbravaram um novo caminho e, como se sabe, por onde passa um boi, passa uma boiada. Artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Alceu Valença, entre muitos outros, asseguraram a posse do novo território radiofônico, com sua obra muitas vezes inspirada na do mestre. Mestre não, rei. Afinal, Luiz Gonzaga foi, é e sempre será o "rei do baião".


fonte: Centro de Memória do Bixiga - acervo @edisonmariotti


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Walter Taverna é homenageado na comemoração dos 18 anos do CONSEG Bela Vista / Bixiga - no Teatro Sergio Cardoso, em São Paulo, Brasil.

A homenagem.

















fonte Centro de Memória do Bisiga - acervo @edisonmariotti




FESTA DO SANFONEIRO -- COMUNICAÇÃO E COMUNIDADE 2016 - SODEPRO ( Sociedade em Defesa e Progresso da Bela Vista )

Luiz Gonzaga: conheça sua história e sua influência no nordeste!



Certamente você já ouvi falar, mesmo sem nem saber quem é, em Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, uma das figuras mais importantes da música popular brasileira. Ou talvez já tenha ouvido a famosa música Asa Branca, um dos maiores ‘hinos’ nordestinos.

O “Embaixador do Sertão”, como era conhecido por muitos, foi um dos mais geniais instrumentistas que este país já viu e até hoje é lembrado por sua enorme contribuição à cultura brasileira, principalmente, por ser um dos criadores do Forró Pé de Serra.

E neste post você vai conhecer a história de vida desse grande influente, que marcou época e pode ser considerado como “Rei”. Confira:
Origem

Luiz Gonzaga do Nascimento veio ao mundo em 13 de Dezembro de 1912, na cidade de Exu, a mais de 600 km de distância de Recife, em Pernambuco. Criado no sertão nordestino, o menino cresceu vendo seu pai, Januário José dos Santos, trabalhar na roça e consertar sanfonas e instrumentos musicais para obter o sustento da família.

A curiosidade e a companhia de seu pai em diversas festas forrozeiras aguçaram ainda mais o interesse do garoto pela música típica de seu povo e, principalmente, pelo acordeão. Não tardou para ele aprender a tocar o instrumento e a se apresentar em bailes, forrós e feiras da região, junto com seu pai.
O grande sonho

O dinheiro arrecadado nos “shows” pelas comunidades rurais ajudavam no sustento da família e, aos poucos, Luiz foi juntando alguns contos de réis para realizar seu grande sonho: comprar uma sanfona.

Entretanto, o instrumento custava caro – 120 mil réis. Mas um dos patrões da família, encantado com suas habilidades e talento, resolveu ajudar e lhe emprestou aquilo que faltava – metade da quantia – para o então garoto conquistar sua primeira sanfona.
Mudança de planos

O amor fez um dos mais respeitados sanfoneiros do agreste pernambucano mudar totalmente de vida e largar tudo. Gonzaga apaixonou-se por Nazinha, filha do Coronel Raimundo Milfont, um dos mais importantes da região. O casal chegou a namorar por um tempo às escondidas, porém o romance foi descoberto por sua mãe, Ana Batista de Jesus, ou “Mãe Santana”, que acabou lhe dando uma grande surra por tamanho assanhamento.

Triste e revoltado por não ter permissão para casar com a moça, Luiz Gonzaga resolveu fugir. Vendeu a sanfona e partiu para Crato, no Ceará, onde se alistou no exército e durante nove anos, por conta da Revolução de 1930, viajou por diversos estados brasileiros.
O início da carreira

Durante suas andanças, Gonzaga conheceu Domingos Ambrósio, um sanfoneiro que lhe ensinara a tocar os ritmos mais populares do sul do país, como valsa, fado, samba e tango. Em 1939, ele encerrou sua carreira militar e no Rio de Janeiro começou a se apresentar em bares e cabarés de zonas de prostituição cariocas. Ele também tentou a sorte por muitas vezes em programas de calouros, mas as apresentações com músicas estrangeiras não convenciam o público.

Em 1941, durante uma dessas apresentações, perguntaram a ele porque não tocava as músicas de sua região, que conhecia desde criança. Foi aí que tudo mudou mais uma vez! Em um programa do Ary Barroso, Gonzaga tocou Vira e Mexe, uma canção de sua autoria e com apelo nordestino. Não deu outra, o desconhecido rapaz ganhou notoriedade e conseguiu seu primeiro contrato com a Rádio Nacional.
O sucesso

Na Rádio Nacional, Gonzagão conheceu Pedro Raimundo, um sanfoneiro gaúcho, que usava trajes típicos de sua região. A partir daí, o nordestino incorporou uma de suas marcas registradas e símbolo de sua terra: o traje de vaqueiro nordestino, sobretudo pelo chapéu, semelhante ao de Lampião, o Rei do Cangaço.

Reconhecido pelo público, Luiz Gonzaga não parou mais e fez do forró seu sobrenome. Dos anos 40 até a primeira metade da década de 50, ele fez shows pelo país afora para divulgar seu ritmo contagiante e tornou-se um dos artistas mais populares do Brasil.
O auge

Multi-instrumentista, cantor e compositor, um dos pioneiros do Forró Pé de Serra, do xote, do baião e do xaxado, Luiz Gonzaga ganhou o título de “Rei do Baião”.

E essa honraria não foi sem motivo. Ao lado do parceiro Humberto Teixeira, em 1947, compôs um dos maiores “hinos” nordestinos, a música Asa Branca. A composição foi o auge de sua carreira, que teve outros hits de enorme sucesso. Gonzaga gravou quase 200 discos e teve mais de 30 milhões de cópias vendidas.

Com sua lendária sanfona branca, a Sanfona do Povo, Gonzagão tocou ao lado de diversos artistas, inclusive para o Papa, durante uma visita à Fortaleza. Ele também era admirado por grandes nomes da música brasileira, como Dorival Caymmi, Raul Seixas, Gilberto Gil e Caetano Veloso, estes dois últimos inclusive regravaram o clássico Asa Branca.
O fim

Após mais de 35 anos de carreira, diversos sucessos, milhões de discos vendidos, alguns amores, como Odaléia Guedes – com quem namorou e assumiu seu filho, Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o Gonzaguinha, seu sucessor na música –, o Rei do Baião voltou para sua terra natal.

Lá, antes de falecer em 1989, aos 76 anos, ele conseguiu dar início ao Museu do Gonzagão, localizado no Parque Aza Branca (escrito assim mesmo, segundo ele, por superstição), às margens da BR-122, onde hoje há o maior acervo de peças pertencentes ao cantor, como sanfonas, peças de roupa, discos de ouro e fotografias de momentos marcantes de sua carreira.

Durante toda sua célebre trajetória, Gonzagão arrastou multidões, deu voz ao povo nordestino e consagrou oForró Pé de Serra, o ritmo vindo de sua terra, para o mundo.

Até hoje o Rei do Baião recebe diversas homenagens, como nome de usina hidrelétrica, selo comemorativo, filme – Gonzaga – De pai para filho, que narra sua relação com Gonzaguinha – e tema de enredo de escola de samba campeã do Carnaval carioca de 2012.

Gostou de saber um pouco da história deste grande artista? Comente, curta e compartilhe nosso post! Até a próxima!


fonte Centro de Memória do Bixiga - acervo @edisonmariotti 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

FESTA DO SANFONEIRO - COMUNICAÇÃO E COMUNIDADE 2016 - SODEPRO ( Sociedade em Defesa e Progresso da Bela Vista )

Sanfoneiros mostram a paixão do nordestino pelo instrumento. Instrumento precursor da sanfona teria surgido na China, antes de Cristo.




Seja nas grandes festas de época ou em um simples arrasta-pé, a sanfona aparece como destaque do trio musical mais popular do Nordeste, ao lado da zabumba e do triângulo.A sanfona foi criada há muito tempo, do outro lado do mundo.

Os registros históricos relatam o aparecimento de um instrumento na China, chamado cheng, 2.700 anos antes de Cristo, como o precursor da sanfona. Mas foi na Europa, especialmente na Itália, a partir do século 17, que ela se modernizou, passando por várias transformações até chegar nos moldes que conhecemos hoje.

No Brasil, a história da sanfona se confunde com a cultura da nossa música popular em várias regiões. Ela se consagrou nas mãos de grandes músicos, da gaita de Renato Borghetti, aos inesquecíveis Mário Zan, Sivuca, Hermeto Pascoal, Dominguinhos e Luiz Gonzaga. O talento desses grandes artistas influencia até hoje gente simples, que ainda não viu seu nome despontar nas paradas de sucesso.

O nordestino é um guerreiro para sobreviver em uma região seca, onde não chove. Pra se divertir, o nordestino tem a sanfona.

Dizem os músicos mais experientes que para uma pessoa tocar sanfona, são necessários no mínimo oito meses de muita dedicação. Agora, para passar de tocador a sanfoneiro, desses arretados que animam bailes e forró no Nordeste, é preciso mais de ano, e claro que talento nessa hora conta muito.

Por fora, a sanfona é composta basicamente por três partes: o teclado, responsável pela melodia das músicas. O fole, que no movimento de abre e fecha do braço puxa e sopra o ar para a saída das notas. E o baixo, com o som mais grave, que faz a marcação nas composições.

Por dentro, a sanfona é muito mais complexa. É na marcenaria que ela começa a ganhar forma. 

Aos poucos, a madeira vai ganhando o jeito do instrumento, um mecanismo super complexo. É um instrumento muito artesanal. Nenhum é igual ao outro, todos têm diferenças.

Um trabalho que exige um ouvido pra lá de preciso e muita paciência. “Leva uns cinco dias para afinar uma sanfona. São três dias para o teclado e dois dias para o baixo. É um instrumento complexo, você tem que ter o material pra afiná-lo e tem que ter um bom ouvido também”.

Um instrumento bem afinado nas mãos de um maestro como Edgar Miguel só pode dar boa música. Respeitado no meio artístico, o maestro também é professor e estudioso no assunto. 

É um instrumento mais simples dos instrumentos de fole, porém muito difícil, muito complexo no seu modo de execução. A sanfona herdou tudo dele, porque só se substituiu os botões pelas teclas, aumentou-se a baixaria, chegando a 120 baixos. Essa foi uma grande evolução, porque virou uma orquestra, chegando a ser chamada de piano de peito ou orquestra de peito.

Segundo o maestro, por essa característica de um instrumento completo, a sanfona foi fundamental para o grande impulso da cultura popular nordestina. “Não tem como o brasileiro se livrar da sanfona e principalmente nós, nordestinos, que temos aqui uma leva de história como Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Pito do Acordeon, e o sucesso da música nordestina dentro da música brasileira, é nosso”.

E assim, pessoas de todas as idades mantêm a tradição de tocar esse que é um dos símbolos do nordeste brasileiro. Músicas como Asa Branca, se tornaram grandes sucessos pelo Brasil afora graças ao talento dos compositores e sanfoneiros nordestinos.

FONTE: http://g1.globo.com/    @edisonmariotti



Alunos de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, visitam Walter Taverna no Centro de Memória do Bixiga.

Com a missão de formar arquitetos e urbanistas com sensibilidade artística e consciência socioambiental, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Belas Artes é referência por preparar alunos cujos projetos destacam-se pelo primor estético e fundamentação técnica.

A Belas Artes forma: uma pessoa com conhecimentos sólidos para projetar, construir e reformar edificações dos mais variados portes; trabalhar nas áreas de desenvolvimento e planejamento urbano, preservação e restauro de patrimônio histórico; atuar em arquitetura de interiores, exercer tarefas de consultoria, assessoria e gerenciamento de obras; realizar vistorias, laudos, avaliações e pareceres e ainda dedicar-se ao ensino e à pesquisa.







fonte: Centro de Memória do Bixiga - acerbo +Edison Mariotti 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Walter Taverna é homenageado na Câmera Municipal de SP e o Coronel Mario Ventura destaca a "SAGA" deste personagem famoso.

36 Imagens do evento em 2016-02-18












 aguardando o início












 Hino Nacional

  Hino Nacional

 abertura oficial



 Coronel da ROTA


 Tenor

 hremiação








fonte: Centro de Memória do Bixiga - acervo: Edison Mariotti