Fundação:
1º de outubro de 1878
História:
formado por imigrantes italianos recém-chegados ao Brasil e ex-escravos.
População:
69 mil
Vocação do bairro:
gastronomia, boemia, teatro e samba.
Destaques arquitetônicos:
Vila Itororó, escadaria do Bexiga, casa da Dona Yayá, coreto da praça Dom Orione e igreja da Achiropita.
Festa famosa:
Nossa Senhora Achiropita.
Catarão na rua 13 de
Maio, no Bexiga (região central); um dos planos do bairro contra a
degradação é a criação de um corredor gastronômico e cultural, com o
objetivo de criar infraestrutura para receber clientes.
objetivo de criar infraestrutura para receber clientes.
É um estado de espírito, afirma morador oitentão.
O comerciante Walter Taverna, 80 anos, é uma figura conhecidíssima no Bexiga.
Dono de três cantinas, ele está envolvido em tudo no bairro. No momento, é um
dos que encabeçam o movimento pela criação do projeto Corredor Gastronômico, Cultural e de Lazer na região.
O comerciante Walter Taverna, 80 anos, respira o Bixiga desde que nasceu;
para o morador, história de italianos e de nordestinos é parecida no bairro.
para o morador, história de italianos e de nordestinos é parecida no bairro.
Neto de italianos, Taverna nasceu, sempre viveu e trabalhou no bairro. "0 Bexiga é um estado de espírito."
0 fato de os imigrantes estarem perdendo espaço para os nordestinos não assusta o comerciante. "Os nordestinos são a mão de obra de todas as cantinas. A trajetória deles é muito parecida com a dos italianos, que também trouxeram
suas famílias."
Outra cria do bairro, o alfaiate José Concentino, 92 anos, conserva os mesmos
hábitos. Frequenta diariamente o bar da Cida, joga bilhar e dominó. "Nào tem
melhor lugar no mundo que o Bexiga. Aqui é uma universidade onde se aprende
de tudo, de bom e de ruim."
Natural do Ceara, o garçom Lucimar Odílio, 56 anos, chegou ao Bexiga há 30
anos e nunca mais saiu. "Não saio daqui por nada." (AO).
Famoso por sua gastronomia e seus prédios históricos, bairro se mobiliza contra degradação.
Bairro mais famoso do distrito da Bela Vista, o Bexiga ( região central de SP )
luta para renascer em meio a um processo de degradação. Famoso por suas
cantinas, bares pontos turísticos e festas como a Achiropita, o local convive com
problemas de conservação de bens tombados, pichações, moradores de rua e
usuários de drogas.
Por meio de ações como de mutirão "Treze na 13", realizado na semana passada, e o projeto de criação do Corredor Gastronômico, Cultural de Lazer, realizado por entidades como a Hey Sampa e Novo Olhar, o bairro tenta recuperar a vocação cultural e de fazer do passado.
As tradicionais cantinas italianas continuam lá, hoje dividem espaço com alguns
restaurantes de culinária nordestina outros tipos de comércios.
O antigo teatro Záccaro é hoje um prédio abandonado. A escadaria do Bexiga
está pichada e com mato e o coreto da praça Dom Orione sofre com o abandono
e a presença de moradores de rua. "Após o mutirão, lutamos agora para as
secretarias de Obras e de Serviços cuidarem do coreto e da escadaria.
As ações vão desde o embelezamento do bairro até o enquadramento dos cortiços na lei que requalifica imóveis coletivos, disse um dos idealizadores da Ong Novo Olhar, Paulo Santiago.
Outras entidades batalham pela criaçao do corredor. "Isso levaria novos
restaurantes para o local e criaria infraestrutura para receber os clientes",
disse André Rocha, da Hey Sampa. Reivindicam, também, principalmente na
Subprefeitura da Sé, ações como limpeza, iluminação e reforma do coreto.
Para Eduardo Della Manna, representante do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), o tombamento de mais de mil imóveis no bairro precisa vir acompanhado de um conjunto de medidas, como incentivos fiscais para estimular donos a reformar prédios quando for possível intervenção além da fachada. É o que acontece no Baixo Augusta. ( Adriana Chaves )
Prefeitura diz fazer a sua parte.
A Subprefeitura Sé responsável pelo distrito da Bela Vista ( região central ),
informou, em nota oficial, que a praça Dom Orione recebe três varrições diárias
de segunda a sábado e uma lavagem de segunda a sábado.
Já a escadaria ao lado da praça tem lavagens às segundas, quartas e sábados. A praça, segundo o órgão, passou por revitalização recente.
Com relação ao coreto, a subprefeitura disse que elabora projeto de restauro que será, posteriormente, encaminhado ao Departamento do Patrimônio Histórico da prefeitura para análise.
A subprefeitura também informou que mantém "constante diálogo com diversas
organizações empresariais e da comunidade" para viabilizar ações de
revitalização e melhoria do bairro, como o projeto do corredor gastronômico.
0 órgão afirmou que, embora a iniciativa conte com seu apoio, a viabilização das propostas depende de parcerias privadas que deverão ser estabelecidas.
( A0 ).
fonte: Jornal Agora 25-maio 2014
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