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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

"Blocos de carnaval" de São Paulo crescem. Quando Walter Taverna e os amigos bateram latas pela primeira vez para divertir as famílias do Bexiga, poucos esperariam o boom atual. --- "Carnival blocks" of São Paulo grow. When Walter Taverna and his friends beat cans for the first time to amuse the Bexiga families, few would have expected the current boom.

"Blocos de carnaval" de São Paulo crescem. Quando Walter Taverna e os amigos bateram latas pela primeira vez para divertir as famílias do Bexiga, poucos esperariam o boom atual.


foto: Walter Taverna em 2016


Há exatamente 70 anos o mais antigo bloco paulistano ainda em atividade ousou sair às ruas do Bexiga em uma segunda-feira de carnaval. Em 2012, o número de agremiações chegou a 20. Hoje, incluindo o período "pré-momesco", são 391, um recorde, 28% a mais que no ano passado. E o avanço de mais de 5 mil pessoas por "desfile" fez a Prefeitura estabelecer restrições e criar até megashows para a dispersão. Na prática, os blocos viraram "abre-alas" e com expectativa de público: 3 milhões.





O carnaval paulistano - que já foi dos cordões, das associações e, até mesmo, das escolas de samba - hoje toma as ruas com opções em ao menos cinco categorias: família, clássicos, estreantes, LGBT e os que vão além do samba.

Aliás, na cidade que Vinícius de Moraes chamou de túmulo do samba - ao defender um músico do ritmo que não conseguia obter silêncio em uma boate -, o ritmo virou só "parte" da exibição para muitos. Neste ano, até o sertanejo vai pedir passagem. Entre os blocos novatos, está o Pinga Ni Mim, que vai desfilar na Vila Nova Conceição, bairro nobre na zona sul. "O sertanejo é conhecido por ter letras machistas, principalmente porque os cantores eram só homens. Então o movimento do sertanejo das mulheres nos motivou bastante a criar o bloco", diz Gabriel Ribeiro.

Ele afirma que, no repertório, não vão faltar canções das duplas Simone e Simaria e Maiara e Maraísa, recentes sucessos no gênero. "Vai ter bastante sertanejo das patroas", conta, adiantando a terça de carnaval

O Bloquinho e Buchecha é outro nessa linha. A começar pelo clássico Só Love, o grupo promete levar batidas de funk nas ruas do Itaim Bibi. Já no sábado que vem, também haverá rap pela primeira vez na festa de Momo, com Bealoko no Anhangabaú.

Outro grupo que foge do samba é o Ritaleena, em homenagem a Rita Lee, que desfilou pela primeira vez em 2015. "Íamos muito para o carnaval do Rio e pensamos: ‘bem que São Paulo poderia ter algum bloco que identificasse a cidade e nosso grupo de amigas’. Queríamos um carnaval feminino e paulistano", diz a musicista Alessa Camarinha, criadora do Ritaleena, que desfila duas vezes - hoje, em Pinheiros, e domingo de carnaval na Vila Mariana.

E haverá ainda espaço só para grupos com eletrônico, pagode, rock. E para essa mistura toda, como propõe Jefferson Rocha. Em 2014, ele foi um dos criadores do bloco Vou de Táxi, que desfila em Pinheiros no dia 5. No repertório, predominam músicas da década de 1990 - com axé, rock, pop, pagode, boy bands. "Nós sentíamos falta de blocos mais variados. Antes, não havia muita oportunidade ou a possibilidade de ter um bloco diferente de samba e samba-enredo. Tinha uma demanda reprimida", conta Rocha.

De acordo com ele, no primeiro ano, o bloco reuniu 2,5 mil e já subiu para 20 mil em 2015. Neste ano, espera o dobro.

A grandiosidade dos eventos carnavalescos de rua já faz os blocos rivalizarem com a Virada Cultural e concentrarem as atenções da Prefeitura. A preocupação com a dispersão, sobretudo no centro e na Vila Mariana, fez a administração apostar em megashows e grandes palcos na região central - fórmula inédita para o carnaval.

Segundo a coordenadora de programação da Secretaria Municipal da Cultura, Gabrielle Araújo, as atrações de grande porte - como Elza Soares e Paralamas do Sucesso - podem ser atribuídas ao patrocínio histórico, de R$ 15 milhões - em 2016, foram recebidos R$ 3,5 milhões. Gratuitos, os shows serão em palcos no Vale do Anhangabaú, no centro, e no Largo da Batata, zona oeste. São esperadas 8 mil pessoas em cada palco.

Os shows já começam neste fim de semana - Nação Zumbi, por exemplo, será hoje no Anhangabaú. As apresentações serão às 19 horas. Neste ano, o prefeito João Doria (PSDB) antecipou o horário de dispersão dos blocos - 20 horas na zona oeste e 22 horas no centro.

"O carnaval deste ano se aproxima ou se iguala à Virada Cultural. Temos programação de blocos de rua em todas as regiões, com concentrações maiores na região central (119) e em Pinheiros (89). As ruas estarão fechadas ou terão caminhos alternativos, para que as pessoas curtam o espaço", diz Gabrielle. "São Paulo já deixou de ser o lugar em que as pessoas viajavam no carnaval para sair da cidade."


FELICIDADE é o 
ESTADO de ESPÍRITO do BIXIGA!







fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/02/19/blocos-de-sp-crescem-e-abrem-virada-antecipada.htmacervo: @edisonmariotti







--in via tradutor do google
"Carnival blocks" of São Paulo grow. When Walter Taverna and his friends beat cans for the first time to amuse the Bexiga families, few would have expected the current boom.


Exactly 70 years ago the oldest São Paulo block still in operation dared to take to the streets of the Bexiga on a Monday of carnival. In 2012, the number of associations reached 20. Today, including the "pre-momesque" period, are 391, a record, 28% more than last year. And the advance of more than 5 thousand people by "parade" made the City hall establish restrictions and create until megashows for the dispersion. In practice, the blocks became "open-wing" and with public expectation: 3 million.

When Walter Taverna and his friends dressed for women and beat cans for the first time to amuse the Bexiga families, few would have expected the current boom. The São Paulo carnival - which has already been a part of the cords, associations and even samba schools - now takes the streets with options in at least five categories: family, classics, debutantes, LGBT and those that go beyond samba.

In fact, in the city that Vinícius de Moraes called a samba tomb - in defending a rhythm musician who could not get quiet in a nightclub - the rhythm became only part of the show for many. This year, even the sertanejo will ask for passage. Among the new blocks is the Pinga Ni Mim, which will parade in Vila Nova Conceição, a noble neighborhood in the south. "The sertanejo is known to have macho lyrics, mainly because the singers were only men. So the movement of the women's backlands motivated us a lot to create the block," says Gabriel Ribeiro.

He says that in the repertoire, there will be no shortage of songs by the duo Simone and Simaria and Maiara and Maraísa, recent successes in the genre. "It will have a lot of sertanejo of the mistresses," he says, advancing the carnival Tuesday.

Bloquinho and Buchecha are another in this line. Beginning with the classic Só Love, the group promises to carry funk beats in the streets of Itaim Bibi. Already next Saturday, there will also be rap for the first time at Momo's party, with Bealoko at Anhangabaú.

Another group that runs away from samba is Ritaleena, in honor of Rita Lee, who paraded for the first time in 2015. "We were going for Rio carnival and we thought: well, São Paulo could have some block that would identify the city and "Said Alessa Camarinha, the creator of Ritaleena, who is twice parading - today, in Pinheiros, and a carnival Sunday in Vila Mariana.

And there will still be room only for groups with electronic, pagoda, rock. And for this whole mix, as Jefferson Rocha proposes. In 2014, he was one of the creators of the Vou de Cabrio block, which parades in Pinheiros on the 5th. In the repertoire, songs from the 1990s predominate - with axé, rock, pop, pagoda, boy bands. "We did not have a lot of different blocks, but there was not a lot of opportunity or the possibility of having a different block of samba and samba-plot," Rocha said.

According to him, in the first year, the bloc raised 2.5 thousand and has already risen to 20 thousand in 2015. This year, it expects double.



The grandeur of carnival street events already makes the blocks rival Virada Cultural and concentrate the attention of the City Hall. Concern over dispersion, especially in downtown and in Vila Mariana, made the administration bet on megashows and big stages in the central region - a formula unheard of for the carnival.

According to the programming coordinator of the Municipal Department of Culture, Gabrielle Araújo, large attractions - such as Elza Soares and Paralamas do Sucesso - can be attributed to historical sponsorship of R $ 15 million - in 2016, R $ 3 was received, 5 million. For free, the shows will be staged in the Anhangabaú Valley, downtown, and Largo da Batata, in the west. 8 thousand people are expected on each stage.

The shows are already starting this weekend - Nação Zumbi, for example, will be in Anhangabaú today. Presentations will be at 7:00 p.m. This year, the mayor João Doria (PSDB) anticipated the time of dispersion of the blocks - 20 hours in the western zone and 22 hours in the center.


"The carnival of this year approaches or equals to Virada Cultural.We have programming of blocks of streets in all the regions, with greater concentrations in the central region (119) and Pinheiros (89) The streets will be closed or will have alternative ways, For people to enjoy space, "says Gabrielle. "São Paulo is no longer the place where people traveled in the carnival to leave the city."

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