Do dia 2 ao dia 31 de agosto, todos os fins de semana, as ruas Treze de Maio e Dr. Luís Barreto (da Conselheiro Carrão até a São Vicente) fervilharão de gente, em torno das 31 barracas que oferecem, além de fogazza, macarrão e polenta, os famosos antepastos e doces típicos produzidos pelas mãos experientes das Mammas da Achiropita. É a 82ª edição da festa da padroeira do Bexiga, para a qual é estimada a presença de mais de 200 mil pessoas.
A fogazza, vendida nas barracas a R$ 3,50 é o carro-chefe da festa e, em anos anteriores, já chegou a atingir a marca de 15 mil unidades consumidas em apenas um sábado. Em segundo lugar, vem o macarrão (R$ 5,00), com uma média estimada em 10 mil pratos por noite.
Na Cantina Mamma Achiropita, além do bufê típico (o famoso mesão), com pratos quentes e frios, antepastos e doces, tem show e música ao vivo com a Banda Felice Itália e cantores como Nino e Armandinho Valsani.
Mas a festa da Achiropita não é só isso: por trás dessa gigantesca produção, trabalham 900 voluntários, muitos deles o ano inteiro. Esse trabalho de doação tem como suporte uma constante preparação religiosa, que perpassa todo o processo de montagem do evento com muitos encontros para oração, meditação e reflexão.
Durante a festa, aos sábados e domingos, a igreja fica lotada de devotos. Muitos, deles vêm de longe para agradecer graças alcançadas ou receber a bênção de Nossa Senhora, ministrada de hora em hora, das 19h30 às 22h30. O ponto alto da festividade é a procissão à santa, que percorre o bairro e que, este ano será no dia 17, às 15h00.
O padre Paulo Sérgio Correia, pároco da igreja desde fevereiro deste ano, enfrenta pela primeira vez esse gigantesco desafio, junto com o padre Gilmar Joaquim Hermes. Ele acha que o importante da festa é fazer com que a comunidade "compreenda o processo da caminhada da Achiropita, no serviço social e na espiritualidade".
Tudo o que é arrecadado na festa reverte em favor das obras sociais da igreja. Isso inclui não só a manutenção e ampliação de projetos já existentes como Centro Educacional Dom Orione (CEDO), a Casa Dom Orione e a Creche Mãe Achiropita, como também a criação de novos projetos. Entre, adolescentes, homens de rua e terceira idade, a paróquia atende a 1.000 pessoas por dia.
Para o pároco da Achiropita, capitanear a produção da festa da padroeira tem sido um aprendizado muito grande: “Primeiro, pela expansão, pelo alcance da festa. Segundo, pelo testemunho de dedicação, de voluntariado, que os membros da comunidade têm expressado em cada semana, em cada reunião, em cada desafio.
E, depois, pelo prazer, pelo envolvimento espiritual de estar vivendo em comunidade, essa disposição para servir e para apresentar a São Paulo nosso carinho por Nossa Senhora e o compromisso que temos com as vidas que acompanhamos nos projetos da paróquia", declarou.
A coordenação geral do evento, segundo Mônica Maria Conte, é da responsabilidade da Equipe de Festa, que é formada por cinco casais, entre os quais, ela e seu marido Miguel Gomes dos Santos, além dos padres Paulo e Gilmar. Cada casal coordena vários setores, que também se ramificam.
Elenice e André Vinolo, por exemplo, respondem pelos setores de relações públicas e marketing.
É uma organização perfeita, que exige muito amor.
Mônica avisa que os convites para a Cantina, aos sábados (R$ 50,00 por pessoa, com direito ao mesão), já se esgotaram. Quem quiser convites para os domingos (R$ 20,00 com direito a um prato de macarrão e show), é bom correr. Os telefones para reserva são: 3283-1294 / 3105-2789.
MCN
Foto: Mônica, Miguel, padre Sérgio, Elenice e André Vinolo
Foto: A linha de produção da fogazza conta com 220 pessoas
fonte: CMB acervo: CMB.H.000.400 @edisonmariotti
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